O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. Pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019 registrou mais de 700 mil suicídios no mundo. Somando-se a isso os casos subnotificados, estima-se mais de 1 milhão de mortes. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. 

Para dar foco ao tema, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) criaram, em 2014, o setembro amarelo, já que o dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. O tema deste ano é “se precisar, peça ajuda”. 

É fundamental o engajamento de todos na prevenção do suicídio. Se informar para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra o problema. É importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém está pensando em se matar e a ajude, tendo uma escuta ativa e sem julgamentos, mostrar que está disponível para ajudar e demonstrar empatia, mas principalmente levando-a ao médico psiquiatra, que vai saber como manejar a situação e salvar esse paciente. A cartilha “Suicídio – Informando para prevenir”, elaborada pelo CFM, reúne informações indispensáveis para prevenção. 

Fatores de risco

Tentativa prévia de suicídio e histórico de doença mental são os dois principais fatores de risco. Sentimentos de desesperança, desespero, desamparo e impulsividade também estão fortemente associados às tentativas de tirar a própria vida. 

Cartilha do CFM resume em um quadro os principais fatores de risco associados ao comportamento suicida

O suicídio entre jovens aumentou em todo o mundo nas últimas décadas, mas a taxa também é elevada entre os idosos. Homens se matam mais do que mulheres, mas elas tentam mais vezes. Pacientes com doenças clínicas não psiquiátricas também tendem mais a tirar a vida, assim como pessoas que passaram por eventos adversos na infância e juventude, como maus tratos e abusos físicos ou sexuais. Aqueles que têm histórico suicida na família são outros que merecem atenção. O risco também é maior para indivíduos com menos laços sociais, desempregados, com problemas financeiros e trabalhadores não qualificados. 

O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias. Confira AQUi os canais de comunicação com o CVV. 

Saiba mais sobre o setembro amarelo AQUI e AQUI

Setembro, mês de prevenção ao suicídio: se precisar, peça ajuda