Leonardo Araujo, pesquisador da Estação Experimental da Epagri em São Joaquim, é um dos finalistas da edição de 2022 do Prêmio Inovação Catarinense – Professor Caspar Erich Stemmer, promovido pela Fapesc. Desde 2016, nosso colega se dedica às pesquisas para combater o cancro europeu da macieira (CEM), doença que tem potencial de inviabilizar a produção de maçãs na Serra Catarinense.
“Na hora que eu vi [o nome na lista de finalistas], eu posso dizer que explodi de alegria”. É assim que Leonardo resume seu sentimento com a indicação. Natural de Florianópolis, o pesquisador se graduou em Agronomia em 2007 e fez mestrado em Recursos Genéticos Vegetais em 2010, ambos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Concluiu doutorado em 2014 e pós-doutorado em 2015 em Fitopatologia, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Ingressou na Epagri em 2015, onde sempre atuou como pesquisador da Estação Experimental em São Joaquim.
Combate ao cancro europeu
Leonardo avalia que a indicação ao prêmio é o reconhecimento do trabalho feito dentro da região de São Joaquim para o combate ao cancro europeu. “Começamos a produzir vários estudos epidemiológicos, fizemos um aplicativo e um site, diversas reuniões e palestras”, enumera o pesquisador.
Ele já recebeu outras premiações pelas pesquisas com o cancro europeu. Em 2021 foi eleito o melhor trabalho no formato artigo durante o XIII Congresso Brasileiro de Agroinformática. Foi contemplado, em 2019, com uma bolsa de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora do CNPq, por três anos, renovada pelo mesmo tempo a partir de 01 de março de 2023.
Também em 2021, o trabalho “Viability and release of Neonectria ditissima ascospores on apple fruit in Brazil” foi publicado na conceituada revista inglesa Plant Pathology e teve uma das imagens estampada na capa da publicação. No ano seguinte, outro artigo sobre o tema foi publicado na revista italiana Journal Plant Pathology. Recebeu ainda o prêmio destaque de melhor trabalho na sessão pôster do VI EpidemioBrasil, workshop de Epidemiologia de Doenças de Plantas, organizado pela Sociedade Brasileira de Fitopatologia.
Leonardo afirma que estar na lista de finalistas do Prêmio Inovação Catarinense o motiva ainda mais a continuar trabalhando com cancro europeu e a permanecer fazendo pesquisa de excelência. “Apesar de ser uma doença muito ruim para os produtores, ela tem alavancado muito a minha carreira, trazendo reconhecimento perante técnicos e fruticultores”, finaliza o pesquisador.
O prêmio
O objetivo do Prêmio Inovação Catarinense da Fapesc é incentivar e reconhecer os esforços bem-sucedidos de gestão da Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) que auxiliem no desenvolvimento dos ecossistemas de empreendedorismo inovador em Santa Catarina.
A edição 2022 alcançou o recorde de inscritos, com 272 candidaturas distribuídas pelas 10 categorias do prêmio. Serão distribuídos R$420 mil em prêmios para os primeiros, segundos e terceiros colocados em cada categoria. Leonardo já um dos premiados na categoria Pesquisador Inovador, resta saber sua colocação, que será anunciada pela Fapesc no segundo semestre.