As mulheres representam 35% dos empregados da Epagri e ainda lideram as áreas em que no geral são mais representadas pelo público feminino, como serviço social (100%), extensão social (94%), gestão dos Centros de Treinamento (77%) e grupo operacional administrativo (68%), de acordo com dados do Departamento Estadual de Gestão de Pessoas (DEGP).  Das 566 empregadas, 118 têm formação universitária, 46 são especialistas, 22 mestres e 29 doutoras.

As mulheres estão em praticamente todas as áreas da Epagri e em algumas delas são maioria (Foto: Aires Mariga, arquivo do Outubro Rosa 2019)

Elas estão em praticamente todas as áreas e também são maioria na meteorologia (60%), na química (67%) e como técnicas de laboratório (53%), comprovando que ocupam diferentes espaços na Epagri. As mulheres estão à frente da presidência, de três departamentos estaduais, da ouvidoria, da assessoria de imprensa, da coordenação de proteção de dados, de quatro divisões e de duas supervisões. As funções de estatística e de engenheira de segurança de trabalho (uma vaga em cada) também são ocupadas por mulheres.

Mais de 62% das epagrianas estão na faixa etária de 40 a 59 anos e 52% delas têm até 20 anos de casa. Neste Dia Internacional da Mulher, O Epagriano entrevista Arádia Costa, 40 anos, gerente do Departamento Estadual de Gestão Operacional. Ela foi escolhida por este informativo para falar de sua experiência como gestora de uma área até então liderada por homens e para representar a competência feminina na Empresa.

Uma das mais jovens do departamento

Arádia (à frente) lidera uma equipe de 31 pessoas em que a maioria são homens

Sob a liderança de Arádia estão 31 pessoas – 24 homens e alguns deles com mais tempo de Epagri do que ela de vida. Aliás, ela é uma das funcionárias mais jovens do departamento. “Quando recebi o convite para gerenciar o DEGOP senti uma responsabilidade e um receio muito grande. Receio por ser mulher em um departamento muito masculino e em uma Empresa onde as gestoras ainda são minoria, apesar de naquele momento a presidente ser mulher pela primeira vez na história”, afirma a contadora, que assumiu o cargo em plena pandemia, em outubro de 2020.

“Na minha cabeça o DEGOP era um dos setores mais masculinos da Empresa e não caberia uma mulher como gerente ali… mas eu fui muito bem recebida pelos meus colegas de trabalho. Sempre busquei ter uma comunicação empática com todos, nunca senti resistência da equipe, nem por eu ser mulher e nem pela idade. Sempre tive a consciência de que eles estavam me ensinando e que eu como gerente atuava mais como uma agregadora de funções. A experiência e a trajetória dos mais velhos sempre me ajudaram. Seguimos eu respeitando a história deles e eles me dando a oportunidade de demonstrar o que eu posso contribuir com o trabalho do departamento”, relata Arádia.

DEGOP: área de impacto em toda a Epagri

Arádia está à frente de um departamento cujas atividades têm um grande impacto em toda a Epagri: o DEGOP é responsável pela gestão da frota, uma das principais ferramentas de trabalho da Empresa;  é o responsável por todas as compras da Epagri; faz a gestão do patrimônio e ainda é responsável pela infraestrutura da Sede e manutenção dos espaços.

Arádia tem 40 anos, é contadora e está na Epagri desde 2009

“Sei que a discriminação da mulher no ambiente de trabalho é uma situação muito comum, mas posso dizer que não me recordo de ter passado por isso na Epagri”, afirma a gerente. Inclusive ela avalia que atualmente a Empresa proporciona muitas oportunidades para as mulheres. “Hoje temos mais gestoras que antigamente, começando pela presidente. Essa cultura masculina está mudando internamente”, diz Arádia. E ela cita um exemplo dentro do próprio DEGOP: o setor de veículos, que sempre teve apenas empregados, hoje tem uma mulher no quadro funcional.

Saiba mais sobre a Arádia

Batizada com o nome de bruxa italiana a partir de uma obra lida por sua mãe, na adolescência,  Arádia é manezinha da Ilha, como carinhosamente são chamados os nascidos em Florianópolis. Ingressou na Epagri em junho de 2009, onde atuou na contabilidade, no patrimônio e na licitação, até se tornar gerente, em 2020.

Arádia com os filhos Luiz Ricardo e Gabriela

Ela concorda que o cargo de gerência é desafiante, mas avalia que o maior desafio mesmo é conciliar todas as mulheres que é ao longo do dia – profissional/gestora, mãe, esposa, do lar – e ainda ter tempo para si mesma. Arádia é casada com o também contador Ricardo, é mãe de Luiz Ricardo, 12 e Gabriela, 10.

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