A engenheira florestal Juliane Garcia Knapik Justen assumiu, em outubro, a gestão do Centro de Treinamento da Epagri em Agronômica (Cetrag). Após cinco anos de dedicação à frente do Programa Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental (DSA), Juliane inicia um novo desafio na empresa, dando continuidade a uma trajetória marcada pelo compromisso com a sustentabilidade e a inovação no meio rural.
Agora à frente do Cetrag, Juliane pretende unir sua experiência em sustentabilidade à missão formadora do centro. “É uma função que exige um olhar sensível e uma gestão colaborativa. Mesmo com a nova dinâmica administrativa, pretendo trazer para o Centro a experiência acumulada na área ambiental, conectando os temas de conservação do solo, da água e da paisagem às práticas de ensino e extensão que realizamos aqui”, destaca.
Ela reforça a grandiosidade do trabalho desenvolvido pelos centros de treinamento da Epagri: “são espaços estratégicos para a formação de técnicos, mulheres e jovens rurais, além de promoverem a integração entre pesquisa, extensão e inovação. Coordenar o Cetrag significa articular equipes, planejar capacitações, fortalecer parcerias e oferecer suporte técnico e logístico a municípios de toda a região. Estar aqui significa um novo e desafiador capítulo profissional”, diz Juliane.
Saiba mais sobre a nova gestora
Formada em Engenharia Florestal e mestra em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Paraná, Juliane ingressou na Epagri em 2008, atuando inicialmente na Epagri/Ciram, onde participou do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. Desde 2010, integra a equipe regional de Rio do Sul, com atuação em extensão rural e representação nos programas estaduais voltados à área ambiental.
Em 2020, assumiu a coordenação estadual do Programa DSA, que trabalha com temas estratégicos como conservação do solo e da água, restauração de matas ciliares, energias renováveis, recursos florestais e gestão de riscos climáticos. À frente do programa, Juliane incentivou a produção de materiais técnicos e vídeos com foco prático, traduzindo o conhecimento científico em soluções aplicáveis no campo e fortalecendo a sustentabilidade das propriedades rurais.
Entre os materiais produzidos estão o guia sobre tecnologias de proteção de nascentes, o boletim didático “O terraceamento passo a passo”, o documento técnico sobre plantas para adubação verde e cobertura do solo, além da playlist de vídeos sobre o mesmo tema.
O DSA também esteve à frente de políticas públicas de destaque, como o Kit Solo Saudável, iniciativa do Governo do Estado operacionalizada com apoio da Epagri e das cooperativas catarinenses. Criado em 2019, o Kit incentiva o uso de plantas de cobertura, adubos verdes e insumos para o manejo e conservação do solo, fortalecendo práticas conservacionistas em todo o território catarinense. “A proposta do Kit Solo Saudável originou no Alto Vale do Itajaí”, relembra Juliane, destacando a importância da experiência regional como base para a consolidação da política em nível estadual.
Outro marco de sua gestão foi a organização de grandes eventos sobre conservação do solo, como o VIII Encontro Catarinense do Sistema Plantio Direto, realizado em junho de 2024 no Alto Vale do Itajaí, durante a Semana do Meio Ambiente, que reuniu agricultores, técnicos e pesquisadores em torno de práticas sustentáveis.