Cristina Pandolfo é a primeira mulher a assumir a gerência da Epagri/Ciram

Pela primeira vez, uma mulher está à frente do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia (Epagri/Ciram), o que mostra também o avanço desta representatividade na ciência. Desde o dia 1º de outubro, a pesquisadora Cristina Pandolfo responde pela gerência da unidade, marco que reconhece sua trajetória de quase três décadas dedicadas à pesquisa e ao desenvolvimento agrícola em Santa Catarina.

Natural de Lages (SC), Cristina é formada em Agronomia pela Udesc, mestre em Agrometeorologia pela UFRGS e doutora em Recursos Genéticos Ambientais pela UFSC. Sua caminhada na Epagri começou em 1996, ao integrar a equipe técnica do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), programa do Ministério da Agricultura e Pecuária que orienta produtores sobre a melhor época de plantio e as culturas mais adequadas a cada região. 

Em 2008 Cristina ingressou na Epagri como concursada, continuando seus trabalhos na área de zoneamento agrícola e também se dedicando a pesquisas que relacionam eventos climáticos com impactos na agricultura e na pecuária, além de desenvolver estudos sobre indicação geográfica de produtos, como o caso dos vinhos finos de altitude, trabalho que coordenou. Ela também atua em projetos que utilizam drones e novas tecnologias aplicadas ao monitoramento agrícola, aproximando a meteorologia da inovação no campo. Até assumir a gerência, a agrônoma respondia pela supervisão de Centro de Pesquisa.

Como gerente, a pesquisadora destaca o compromisso de dar continuidade ao trabalho iniciado pelos gestores que a antecederam: manter o Ciram como referência e excelência na geração de tecnologias de informações ambientais. “O Ciram tem uma equipe altamente qualificada e um papel essencial para Santa Catarina. Meu objetivo é fortalecer esse trabalho, com respostas rápidas, uso de novas tecnologias e uma gestão cada vez mais inclusiva e colaborativa”, afirma. A nova gestora também participa do processo de revitalização e modernização das estruturas do Ciram, preparando o centro para os desafios futuros da pesquisa ambiental e climática no Estado.