O pré-serviço é muito mais do que uma etapa inicial para os novos extensionistas da Epagri. É um rito de passagem. Uma experiência transformadora que marca o início da jornada profissional daqueles que escolheram contribuir diretamente com o desenvolvimento das famílias agricultoras de Santa Catarina.
Historicamente, o pré-serviço é lembrado com carinho e intensidade pelos extensionistas que por ele passaram. É nesse momento que os profissionais mergulham nos fundamentos da extensão rural pública, conhecem a metodologia de Ater e começam a construir a identidade de seu trabalho junto às comunidades.

Uma das atividades mais significativas do pré-serviço sempre foi a prática de campo, onde os participantes exercitam os métodos de Ater em situações reais ou simuladas. Neste concurso, a equipe de instrutores propôs uma inovação metodológica que vem enriquecendo ainda mais essa vivência.
Ao invés de realizar atividades individuais sorteadas, como era feito tradicionalmente, os participantes estão sendo organizados em grupos de quatro a seis pessoas. Cada grupo recebe uma situação-problema inspirada na realidade de um município catarinense. Por exemplo, o aumento do êxodo rural juvenil é apresentado como um desafio para ser enfrentado por meio da extensão rural. A missão do grupo é elaborar uma estratégia metodológica, aplicando os métodos de Ater, para buscar soluções em conjunto com os agricultores locais.
Mais do que um exercício, essa prática estimula o pensamento sistêmico, o trabalho em equipe e a criatividade. Após a construção da estratégia, cada membro do grupo assume a responsabilidade de preparar e conduzir uma das atividades previstas no plano, vivenciando, na prática, o papel do extensionista como articulador do conhecimento, facilitador de processos e agente de transformação.
Essa abordagem inovadora está fortalecendo o aprendizado e deixando marcas profundas nos novos profissionais. Afinal, nada ensina mais do que viver a experiência — e o pré-serviço da Epagri continua sendo um espaço privilegiado para isso.
Por: Célio Haverroth, extensionista e instrutor do pré-serviço.
Confira depoimentos dos novos extensionistas que participaram do pré-serviço em Araranguá, na semana de 7 a 11 de julho.
Juliana Faoro Gomes
Extensionista Social
Pedagoga
Vai atuar no Cedup Água Doce
Eu não achei que o pré-serviço seria tão esclarecedor e tão importante para minha função que eu vou executar como extensionista social. Eu não consigo entender como uma pessoa consegue assumir essa função sem passar por todo esse processo (…) e quanto é necessário você ter essa base de todas as metodologias, de como praticar uma visita, uma entrevista, um curso, uma oficina, uma viagem técnica, o quanto é enriquecedor você entender de como praticar para o teu público alvo. Quero dizer que eu saio muito muito feliz, com ar de dever cumprido e que independente da nota da avaliação, eu estou feliz com o resultado, com a aprendizagem adquirida.
Olívia Marcon Borges
Extensionista rural
Engenheira-agrônoma
Vai atuar no escritório de Presidente Getúlio
Me chamo Olívia Marcon Borges, sou engenheira-agrônoma. Sou natural de Itajaí e vou para o município de Presidente Getúlio, no Alto vale do Itajaí. Saí do espaço acadêmico recentemente e ainda não havia tido a oportunidade de atuar com extensão. O pré-serviço tem sido uma experiência enriquecedora. Aprender sobre as metodologias de Ater e trocar vivências com colegas, tanto os que ingressaram comigo quanto os Epagrianos de longa data, tem sido essencial. Sinto-me muito mais preparada para atuar no município e exercer meu papel como extensionista. Está sendo um processo de grande aprendizado, conduzido de forma leve, acolhedora e divertida. Estou feliz por iniciar essa nova jornada dessa maneira.
Herlon Vasconcelos
Engenheiro-agrônomo
Extensionista rural
Vai atuar no escritório de São Miguel da Boa Vista
O pré-serviço está sendo essencial para nós, extensionistas, aprimorarmos nossos conhecimentos como profissionais que lidam com pessoas, famílias e comunidades, principalmente no que se refere às mais adequadas estratégias e metodologias, e também as mais utilizadas pela Epagri, para a realização do principal objetivo da extensão rural, que é a melhoria da qualidade de vida das famílias rurais, pesqueiras e comunidades tradicionais, oportunizando o aprendizado e a nivelação do conhecimento entre os 34 recém-egressos da Turma 6 de extensão. Além disso, a convivência com os colegas de pré-serviço durante esses últimos 30 dias, considero de grande importância para todos, principalmente com relação à interação com pessoas de diferentes realidades, formações e experiências, enriquecendo muito a nossa capacitação.
Confira imagens do pré-serviço realizado em Araranguá. Clique na imagem para ampliar.