A equipe de reportagem da TV Epagri, formada pela agrônoma Renata Murara Vieira e pelo cinegrafista Jonatan Jumes, esteve na Estação Experimental de Itajaí (EEI) no dia 17 de abril com uma missão dupla: revelar a singularidade do aipim de turfa e conferir o curso de Panificação Nutracêutica no Centro de Treinamento de Itajaí (Cetrei).

De manhã, o engenheiro-agrônomo e extensionista rural Antônio Henrique dos Santos levou a equipe até a propriedade de Osmar Marqui, 62 anos, na localidade de São Roque, que estava colhendo aipim com o filho Guilherme, 21. Como o tempo estava instável, foi preciso correr para fazer as entrevistas antes que caísse a chuva. E para fazer imagens da plantação com drone, a equipe cogita voltar à Itajaí quando o sol estiver brilhando.
Antonio afirma que o solo negro da zona rural de Itajaí, conhecido como turfa, é propício para produzir um aipim diferenciado devido à matéria orgânica ancestral do local, oriunda da decomposição de substrato marinho. Estudos revelam que o mar alagou o local cerca de cinco mil anos atrás. Por ser menos compactado, o solo de turfa também facilita a colheita.
Já o agricultor revelou à reportagem que planta aipim desde os cinco anos, quando acompanhava o pai na roça, e atualmente planta sete variedades na área de dois hectares. A produtividade também chama a atenção. Na safra, que vai de janeiro a junho, a família consegue colher até mil caixas de 30kg, ao custo de R$80,00 a R$100,00 por caixa.
O agricultor vende, principalmente, para restaurantes da região, cujos clientes fazem questão de saborear o aipim tenro, que cozinha rapidinho e pode ser utilizado em preparações como o escondidinho. O aipim de turfa de Itajaí está em processo de obtenção de uma Indicação Geográfica (IG) desde 2019.
Pães, biscoitos e bolos saudáveis
À tarde, a equipe da TV Epagri foi até o Cetrei acompanhar as delícias preparadas pelas mestres e alunas do Curso de Panificação Nutricêutica, ministrada pela gestora Natalia Kominkievicz e os extensionistas Marcio Palhano e Geisebel Patrício. Foram executadas 15 receitas doces e salgadas no curso, que tem como diferencial a adição das Plantas Comestíveis Não Convencionais (PANCs), como ora-pro-nobis, beldroega e tanchagem.
Após a gravação da receita, a equipe se juntou aos participantes e profissionais da Epagri para um delicioso café da tarde, a fim de degustarem os produtos inovadores do curso, desenvolvido há 15 anos para democratizar o conhecimento e utilização das PANCs. A reportagem logo estará disponível no canal da TV da Epagri no YouTube.
Por Renata Rosa, jornalista bolsista da Epagri/Fapesc
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Foi uma tarde muito especial, com uma equipe super profissional, parabéns pelo trabalho de vocês, que conseguem captar com suas lentes, a essência do nosso trabalho!!