No dia 20 de fevereiro Santa Catarina registrava 17.696 casos prováveis de dengue em 177 municípios. Os dados mostram um aumento de 650% em relação ao mesmo período do ano passado. A curva de casos prováveis da doença continua em alta no estado. Até aquele dia estavam confirmados oito óbitos pela doença e outros dois seguiam em investigação. 

A incidência acumulada (casos por 100 mil/hab) em 2024 nas regiões de saúde é de: Nordeste (1076,71) Foz do Rio Itajaí (392,93), Médio Vale do Itajaí (287,03), Grande Florianópolis (262,24), Vale do Itapocu (130,48) e o Extremo Oeste (113,06). Apesar da concentração nessas regiões, casos prováveis foram notificados em municípios das 17 regiões de saúde. Confira aqui os focos do mosquito registrados pela Secretaria da Saúde. 

Estimativas indicam que 80% dos criadouros de mosquitos Aedes aegypti estão nos quintais ou mesmo dentro de casa. Para que sua casa não vire foco, é importante fazer inspeções semanais no quintal e em todas as partes dela, para verificar se há algum depósito acumulando água, que possa servir para o mosquito colocar seus ovos. Dez minutos são suficientes para cada inspeção. 

Quatro sorotipos

Existem quatro sorotipos de dengue. Assim, as pessoas podem se infectar pela doença até quatro vezes ao longo de sua vida. A dengue não é transmitida de pessoa a pessoa, e sim, apenas através da picada do mosquito. A fêmea do mosquito infecta-se com o vírus ao picar uma pessoa doente e após um período de incubação, que pode durar até 14 dias, passa a transmitir a doença ao picar outras pessoas.

O curso da doença pode variar entre casos leves, com recuperação total, até quadros moderados e graves, que podem inclusive levar à morte. De uma forma geral, mesmo os casos leves tendem a deixar a pessoa debilitada. Os sintomas surgem após alguns dias da picada do mosquito e são marcados principalmente por febre alta, dor de cabeça, dor nos músculos e articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas pelo corpo. As pessoas precisam ficar atentas aos sinais de alarme, que indicam um agravamento do quadro e são principalmente: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, queda de pressão, letargia ou irritabilidade e sangramento de mucosas. A orientação é procurar um serviço de saúde na presença de sintomas.

Tratamento 

A principal medida no tratamento da dengue é a hidratação. A pessoa que tem sintomas, deve ingerir muito líquido mesmo antes de buscar um serviço de saúde. Mas a busca pela unidade de saúde é importante para que o profissional possa dar as orientações corretas e iniciar o acompanhamento do quadro. Não existe um antiviral específico para tratamento da dengue, assim, o tratamento é sintomático, ou seja, são utilizados medicamentos para aliviar os sintomas. É muito importante que a pessoa não se automedique, já que alguns medicamentos podem agravar o quadro da doença.

Saiba mais sobre a dengue no site do Ministério da Saúde.

Casos de dengue aumentam 650% em SC. Previna-se!
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